10 de mai. de 2011

A coragem infantil

Eu nunca fui totalmente de Ribeirão Preto. Nasci em Curitiba e logo depois fui para Londrina, onde minha memória começou a realmente funcionar. Funcionou tanto que tem uma cena que ficou eternamente na minha mente.

Nos dias quentes de Londrina meus pais levavam eu e meus irmãos até a AABB. Para quem não sabe, é a Associação Atlética do Banco do Brasil - um clube para quem é funcionário. Lá, como em todos os clubes, tem muitas piscinas, local para refeições, pessoas tomando banho de sol e, naquele dia, meu irmão me encorajando para pular do trampolim. Não me lembro ao certo, mas nem era uma super altura. Para uma criança com uns 4 ou 5 anos era um precipício!

Sempre relutante em pular mesmo com minhas bóias, meu irmão continuava a encorajar...mas eu não pulava. Eu chegava até o limite do trampolim, mas nada! Enfim, desci e fui brincar na piscina com minhas bóias e, de preferência, bem perto da minha mãe. Fiquei observando de longe meus irmãos pulando e se divertindo.

Determinada hora o movimento estava baixo e ninguém no trampolim. Era a hora certa de uma criança indefesa pular do trampolim, afinal...por que passar vergonha com todos olhando?
Caminhei rapidamente para não queimar meu pé no chão quente, subi a escada, olhei pra baixo, respirei e PULEI. Enquanto eu sentia orgulho de mim mesmo também sentia a minha bóia saindo do meu braço direito por conta da pressão da queda na água. Só a bóia do braço esquerdo que ficou intacta no braço. Comecei a me debater desesperadamente e gritar pela minha mãe que, em total calma, foi até a cabeceira da piscina e foi nadando como um salva-vidas em minha direção. Lembro até das braçadas e batidas de pernas bem sincronizadas com as raias que desenham o chão da piscina. Salvo pela mamãe!

Até hoje penso: Por que ela não pulou direto no fundo onde eu estava me afogando?

4 comentários:

Anônimo disse...

Talvez sua mãe com o terceiro filho e sei lá quantos anos nas costas desejasse ter um minimo de pose
moral: aprenda a nadar, mamae está de folga

Ivanilde disse...

Porque a mamãe sempre confiou na sua capacidade, inclusive, para não se afogar.Rs rs rs.
Falando sério, pois não me lembro da "ocorrência", eu devia ter certeza que era só o seu medão mesmo e se eu me apavorasse você ia ficar mais abalado, certo amor? Isso é psicologia materna!!
Te amo

Sister disse...

Hoje você pularia?????

Anônimo disse...

minha vó escreve rs rs rs?? até onde eu vim parar...