27 de jul. de 2010

Mais uma brinca

Era uma sexta-feira quente, como quase todas em Ribeirão Preto, e sai andando em ritmo acelerado rumo minha carona quando bateu o sinal do término das aulas. Naquela época meu maior desafio era chegar na escola 7h15 e sair 12h30. Durante o percurso da sala de aula até a saída, onde encontraria meu pai (ou não) para ir embora, uma amiga, a Camila, me puxou pelo braço dizendo para que não me esquecesse da festa na casa dela.

Ainda bem que ela avisou. Eu nem me lembrava que teria uma brinca naquela noite. Mais uma vez uma bela brinca repleta de coca-cola, salgadinhos, música romântica e poucas meninas. Isso sempre dá uma boa história!

Passei minha tarde nem um pouco ansioso, sinceramente. Eu tinha decidido que ia porque lá veria amigos etc. Mas não esperava nada de mais. Quando chegou a hora, me arrumei, passei perfume (Axe no pescoço), sentei no carro e passei o endereço para o meu pai. Lá vou rumo a uma das histórias mais famosas do meu eu!

Aliás, foi sugestão de um amigo meu esta história!
Continuando...

Cheguei ao referido lugar. Era um condomínio na verdade. A festa estava rolando no salão de festas e, desta vez pelo menos, tinha muitas meninas. Enchi o peito como não poderia deixar de ser, conferi se meu topete estava bem levantado, peguei meus 12 anos de vida e cheguei olhando para cada moça no local. Um galã.

Aquele clima romântico no ar e eu numa boa quando chega uma menina e diz que tinha uma outra da minha classe interessada em mim. Detalhe: Não me disse nome e pediu que fosse até um lugar mais reservado, onde estava a pretendente me esperando. Chegando lá me deparei com a surpresa. Uma menina bonita, ainda bem!

Sentei, falei qualquer coisa pra distrair e ela sorriu. Ficamos conversando durante muito tempo e, enquanto ela falava, eu só tinha uma certeza na mente: Ela queria ficar comigo, mas...eu nunca tinha beijado na vida. Pois é leitor...meu primeiro beijo. A primeira fase onde o homem passa a entender que completar o ciclo do "ficar" é realmente uma coisa complexa, afinal...pra qual lado eu viro a cabeça? Quanto de saliva devo usar? Olhos abertos ou fechados? Pode pedir ajuda aos universitários?

Enfim, conversei tanto que a amiga dela chegou e mandou um "Vocês tem que se beijar". Pronto. Numa frase de 1 segundo ela ganhou meu ódio por 10 anos! Aí, como o cérebro se desespera nesta hora, eu tive a idéia de descontrair o momento e falei: "Como? Assim?" - enconstando minha cabeça de lado com a dela (Que vergonha que eu tenho contar isso!). Aí a amiga falou que não...virou nossas cabeças na direção e foi! Pronto. Numa frase de 1 segundo ela conseguiu me ver beijando vento, colocando a lingua pra fora da boca da menina...nossa...horrível. Eu não sei como a menina não reclamou no primeiro segundo de beijo.

Depois dessa hora ficamos sozinhos, conversando e eu rezando pra não ter que beijar de novo! Mas, lá vai né...quando ela foi embora, muito tempo depois, tive que dar o beijo da despedida. Novamente engoli ar, virei a cabeça pro lado errado e lembrei que durante o período que ficamos sozinhos conversando eu lancei a frase mais encantadora do mundo: "Se eu descer lá e dançar com outra menina você pode me dar um tapa na cara." É. Olha eu aprendendo a ser fiel.

Boa frase, né? Acho que foi isso que depois deste dia ela pediu pra ficar mais uma vez comigo. Vai entender!

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Rudy faz, Rudy mostra no twitter. Siga só pra eu me achar importante: @rudycm

26 de jul. de 2010

Profissões: Telemarketing

Normas de atendimento e treinamentos deveriam ser mais precisos em empresas que trabalham com telemarketing ativo.

Telemarketing direto é compreendido pelo SEBRAE como: Serviço onde o contato é feito no sentido empresa-cliente, e caracteriza-se por requerer cadastro para ligações, operador comanda etc.

Nem precisa explicar! Eu aposto R$ 2,34 que você já recebeu uma ligação destas.

Quais seriam as primeiras recomendações para contratação de funcionários de telemarketing?
1) Que esta pessoa seja chata
2) Que esta pessoa não aceite que desliguem o telefone
3) Que esta pessoa não saiba o significado de um simples "não estou interessado"

Pronto! Se estas três prerrogativas forem seguidas tudo será um imenso sucesso.

O quê os funcionários precisam dizer para o cliente?
1) Começar o assunto do tipo: "Hoje sabemos a importância de ter um bom relacionamento com uma instituição financeira de respeito, não é mesmo senhor João?"
2) Sempre oferecer preço mais barato para clientes que não aceitarem a proposta pela 15ª vez
3) Ligou e o cliente estava extremamente ocupado? Ótimo, hora perfeita pra passar preço barato pois ele vai querer se livrar.

Agora, se você que é vítima não conseguiu se livrar aqui vai uma recomendação - se caso for oferecimento de cartão de crédito. Siga o texto abaixo e tudo vai dar certo: "Cartão de crédito? Sem anuidade? Juros de 0,1%? É o que eu estava precisando!! Estou devendo em mais de três estabelecimentos e ninguém me dá crédito...estou aliviado! Quero sim! Já vou sacar tudo o que tenho direito...ah, uma pergunta..dá pra aumentar o limite?"

Depois disso você provavelmente vai ouvir um "Tú tú tú tú..."

Telemarketing. Árdua profissão.

23 de jul. de 2010

Sinceridade e Grosseria

Sinceridade em excesso é falta de educação?

Tenho vontade de debater este assunto mas fico pensando que a profundidade pode dar margem para interpretações erradas. Sabe quando queremos expressar opinião tentando tomar cuidado com quem está ouvindo? Vou tentar.

Penso que a pessoa sincera tem que estar muito mais preparada para o mundo do que o ouvinte. Tem gente que fica se gabando por achar que a sinceridade é seu forte. E, sinceramente (olha o trocadilho), conheço pouca gente que é realmente assim...que fala a verdade sem intenção de ferir.

Infelizmente confundem sinceridade com grosseria. Confundem opinião com crítica destruidora.

Tem vezes que prefiro tapar meus ouvidos, não por medo da sinceridade, mas é que tenho uma revolta com gente que faz tipinho só porque acha bonito ser considerado uma pessoa sincera. Acham que ser sincero é falar que você é feio, torto ou nasceu com problema. Que sua casa é ruim e seu perfume é nacional. E tudo isso para depois chegar na rodinha de amigos e dizer: "Eu falo na cara mesmo."

Sinceridade é expressar. Grosseria é não saber expressar. Sinceridade é dizer e grosseria é falar. Sinceridade é opinar de forma sábia e grosseria é não ter empatia.
Empatia. Está aí uma coisa que os maus sinceros não sabem o que significa.

Falando nisso, os maus sinceros sabem escutar suas verdades? Aguentam a réplica? Não.

Quanta seriedade, né? Sinceramente eu duvido que você não conheça alguém assim.

22 de jul. de 2010

Flash noturno

Das duas uma: Se você foi um adolescente quieto em casa, era o capeta na escola. Se você era quieto na escola, era o capeta em casa. Eu sou o primeiro caso! Nunca fui travesso em casa, mas dei muito trabalho na escola. Acontece que na minha adolescência eu ia muito na casa de amigos...então, capeta na escola e demônio fora de casa.

Tudo se modifica nesta vida. Você cresce, começa a trabalhar, conhece as dificuldades da vida, o preço das coisas e começa a dar valor em tudo. Em outras palavras, com o tempo e a vivência você fica adulto. Nada disso é sinônimo de seriedade. É por isso que carrego minhas histórias...quero compartilhar para fazer uma sociedade adulta e bem-humorada.

Baseado em fatos reais...

Verão de mil novecentos e alguma coisa. Eu tinha uns 14 anos e passava quase todas as minhas tardes no condomínio de um amigo meu (sempre preservo os nomes).

Fato era que quando estávamos juntos não havia moral. Quer tacar bomba nos carros? Faça! Quer gritar na porta dos apartamentos? Faça. Quer invadir apartamento que está para alugar? Faça. Por estes motivos éramos conhecidos!

Certo dia estávamos perto da churrasqueira, sentados e conversando sobre a vida. Enfim, estávamos numa boa naquele dia. Estávamos tão numa boa que eu estava com aquelas bombinhas "peido de véio" (ou biribinha) paradas na mão (aquelas que você joga no chão e ela explode). Mil lugares pra eu tacar e simplesmente fiquei numa boa.

Estava escurecendo, chegaram alguns moleques mais novos e se sentaram no mesmo local. Ignoramos e continuamos lá conversando. Certa hora, escuro já, meu amigo comentou que precisava de luz...tava difícil enxergar já. Eis que, um daqueles moleques estava com fósforo no bolso.

PAUSA: Por que um moleque estaria com uma caixa de fósforos no bolso?

Voltando...
O moleque acendeu o fósforo e ficou se achando "O REI DA LUZ"! Enquanto ele curtia ser o dono da iluminação local, o fósforo estava se apagando, mas enquanto ainda estava muito reluzente e quente, ele enfiou o fósforo na minha perna para apagar.

O parágrafo abaixo é proibido para menores de 35 anos:
Em fração de micro-milésimos, quando o fósforo se apagou, só deu pra ver a iluminação que eu causei ao tacar as bombinhas que estavam na minha mão direto na cara dele!

Meu amigo, que também era o demônio, ficou impressionado com tamanha violência.
Fico pensando aqui...por que ele ficou impressionado sendo que ele mesmo jogou rojão num menino que ficou xingando ele?

Tá loco! O que eu fiz foi pequeno perto dele!

20 de jul. de 2010

Teje preso

Quem nunca gostou destes heróis japoneses tipo Jaspion, Changeman ou Flashman? Para a nova turma que aqui se apresenta, seria algo como Power Rangers pra quem é mais de idade. Nem tanto assim!

Repletos de efeitos especiais, estes episódios com heróis incríveis e vilões macabros faziam (e faz) a criançada soltar a imaginação. Basta ficar assistindo por 20 minutos e depois ir pro quintal brincar durante horas e horas. Quem é o seu herói favorito de Tokusatsu?

Tokusatsu é uma palavra que descreve este gênero de filmes e seriados que trabalham efeitos especiais. Tornou-se uma palavrinha mágica para os fãs das séries japonesas.

Como toda criança eu também tive um herói predileto durante a infância. E este herói foi o Jaspion. Nossa, eu parava tudo para assisti-lo...depois do café da tarde, depois de voltar da escola etc...sempre na extinta TV Manchete.

Pois bem...e como toda criança da época eu quis dar ênfase a realidade da brincadeira e aderi, por força da insistência a minha mãe, ao uniforme do Jaspion. Pedi encarecidamente para que ela comprasse. Aos 5 anos de idade com roupa de herói? Eu era O CARA do quarteirão! O que pensariam meus vizinhos quando me vissem todo jaspionzinho com máscara e tudo?

E lá chega minha mãe com o presente! Abri e vesti na hora! Fui brincar. Enquanto eu brincava pra lá e pra cá minha mãe observou que o cinto da fantasia vinha sem a arma de fogo (pistola) que o Jaspion usa. De imediato pediu pra minha irmã ir no bar perto de casa para comprar um revólver qualquer de plástico (óbvio).

Fiquei brincando e esperando chegar minha poderosa arma laser...igualzinha do meu herói! Quando ela entrou em casa já fui correndo para completar minha fantasia. Assim que vi fiquei branco. Branco de decepção. Como assim? Na loja não vendia a arma do Jaspion? Com 5 anos eu não achava isso justo...
Num coeficiente maior de realidade minha irmã não exitou e comprou o 38 preto e de plástico ainda por cima. Aí sim...eu era um Japion velho-oeste. É mole??

Acho que neste dia eu mudei a lógica da brincadeira. Em vez de chegar atirando nos inimigos imaginários, eu chegava falando: "Levanta a mão que tá preso!"

Coisas da infância.

19 de jul. de 2010

Tendências

Para não correr o risco da generalização, estamos sempre de olho nas tendências que a sociedade e o mercado lançam. Para ser mais exato, procuramos o que é novo para nos enturmar e fazer sucesso perante o mundo.

Baseado em fatos reais...

Meu amigo passou por um período de grande descoberta quando estava na escola no auge de seus 10 ou 11 anos. Ele era magrinho, loirinho, bonitinho e sapequinha.
Hoje em dia é diferente, mas 17 anos atrás era importante apresentar uma boa apresentação pessoal para ser um formador de opinião. Desta forma ele conseguiria ser o lider da turma e decidir quem é o cachorro quente, quem vai brincar de polícia e ladrão etc.

Levando em conta a importância de se destacar frente seus colegas e analisando a tendência da época, meu amigo optou por enriquecer o seu lado consumista e foi comprar um tênis top de linha. Ou seja: Tênis importado + Ego inflado = Líder de turma. Poxa, lider de turma com 10 ou 11 anos?? Quem não sonhava com isso na época?

Lá foi ele em busca do seu sonho! Naquela fria tarde de inverno, fazia geleira na vitrine das lojas de tênis...mas, especialmente naquele dia, um lindo tênis PUMA olhou para ele. Ele olhou para o tênis e logo imaginou o tamanho do sucesso que faria. Provou, gostou, comprou e acordou o quanto antes pra ir a aula.

Chegando na escola ele virou o centro das atenções. Os colegas o olhavam o seu tênis azul-piscina como se fosse a última novidade mundial. Ele estava se achando o maior barato!

Respirou, chegou na rodinha de meninas e: "Ei você, gatinha...quer passear com meu Puma?"
Ela responde: "Espuma?"
Ele: "Como assim?"
Ela: "Leia direito a marca do seu tênis."

E lá estava a decepção. Agora ele entendera o olhar dos colegas...frente a tendência sempre vem a imitação. Ele tira o tênis e presta atenção da marca do tênis. Tinha um "S" que fazia toda diferença: sPUMA.

Você gosta de tendências? As boas são caras, num é?!

14 de jul. de 2010

Aventura Juvenil

Quer ir ao cinema com a namorada? Pegue o carro. Quer ir num bar e curtir com os amigos? Pegue o carro. Quer se aventurar sem hora e sem rumo? Pegue o carro. Quer fazer qualquer coisa que precise de um carro? Tenha vários de cartões de moto-táxi na carteira! Eu explico.

Dezoito anos. Não só se atinge um estágio de maioridade, mas também dá direito a uma das fases mais aguardadas da vida. Quem não quer andar de carro sem depender dos outros? Meus irmãos, assim como em outras famílias, me levavam e buscavam quando eu precisava sair. Isso quando não revezava com os pais dos amigos, claro. Mas de qualquer forma, ser independente ao se locomover é algo que fica ainda mais forte quando se está perto dos 18 anos.

Na época era costume o pai ensinar o filho a dirigir antes de atingir a idade. Normal!
- Pai, me leva pra dirigir?
Quem nunca disse isso?

Como de praxe fiz o curso para aprender a teoria e depois aulas práticas. Durante as aulas práticas não tive maiores problemas por já saber dirigir. Não que eu era um expert, mas também não ficava confundindo freio com acelerador e essas coisas que são tão difíceis de acreditar! É, tem gente que confunde os pedais, acredite.

Tudo leva a crer que minhas aulas de direção foram tranquilas e, com muita sorte e segurança, passaria de primeira no exame prático.

Chegou o grande dia. Era fácil...eu teria que ligar o carro, sair de frente, fazer a baliza, dar uma risadinha pro delegado, depois garagem de frente e voltar de ré. Tudo bem, perfeito! Estava muito bem ensaiado. Quem passou por isso, diria que este é o maior desafio...pra mim não foi. Nos bastidores de todo este processo é que eu me ferrei.

Neste fabuloso dia da minha vida (e de muitas outras pessoas também), tive que aguardar uma fila imensa de pessoas na minha frente. Motivo? Meu nome começa com "R".
Tudo bem! Fiquei lá aguardando, conversando com as pessoas e...e...e...aguentando a minha dor de barriga. Eu não me lembro ao certo se eu já fui com dor de barriga ou fiquei durante a espera. Mas não importa...o importante é que eu precisava de um banheiro ou ficaria completamente tenso no exame. Depois de muito aguentar, resolvi ir ao banheiro.

Me deparei com um banheiro terrivelmente sujo e sem condições mínimas de uso, mas...ou era isso ou nada. Na boa, comecei a fazer o que eu tinha que fazer e pensei: "Onde tem papel? Preciso de papel pra me limpar!".
A real é que não tinha papel, eu tava todo melado, calça arriada, banheiro sujo e estava chegando no meu nome. O que fazer? Claro! Minha mente de publicitário é muito atuante. Abri minha carteira e saquei todos cartões de moto-táxi que eu tinha, afinal, não precisaria mais!

Tirei o excesso, arrumei as calças, ouvi meu nome sendo chamado e, quando estava saindo do banheiro gritei: "PRESENTE". Nesta hora todos olharam e perceberam o que eu tinha acabado de fazer! E também porque meu caminhar estava, como posso dizer...deslizante.

Enfim, fiz o exame completamente "deslizante", deixei marcas de uma mão suja no volante (não tinha água), ri pro delegado rindo de mim mesmo e fui embora...a pé! Cheguei tão rápido neste dia. Acho que é o tal do "deslizante".

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Atendendo o pedido do Sr. Anônimo nos comentários:
Passei no exame! Com a bunda deslizante e tudo.
Quanto o aluno que pegou o carro depois de mim? Bom, pelo menos com mão fedida ele deve ter ficado!

12 de jul. de 2010

Uma brinca e um par.


Segundo relatos da humanidade, o homem (sexo masculino) precisa disputar sua fêmea com outros machos da espécie. E, falando a verdade, isto acontece em outras espécies também. Contando com o fato de que estamos em 2010, muitas mudanças e novas formas de sedução, o homem continua utilizando as formas mais variadas para este fim - conquistar uma mulher.

Fatos reais? Pode acreditar.

Meados de 1995, brinca (festinha dançante das antigas) na casa do Luís Flávio, gel no cabelo e peito estufado. Nesta época era difícil conquistar uma moça...ainda mais se ela fosse bonita!

Lá vou eu me aventurar para no outro dia chegar em casa falando que fiz o maior sucesso. E, não poderia deixar de ser, chegar na segunda deixar as meninas loucas por mim!

Logo que cheguei na casa do Luís Flávio já senti aquela sensação de que a noite ia ser proveitosa. Assim que olhei para a sala da casa, gentilmente cedida pela mãe dele, notei várias garrafas de Coca-cola, salgadinhos fritos, música romântica rolando e iluminação baixa.

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O que se faz numa brinca?

Versão masculina: Convida uma menina para dançar - daquele jeito distanciado - e torce para não pisar no pé dela.
Versão feminina: Espera um menino te convidar - daquele jeito distanciado - e torce para ele não pisar no seu pé.
Detalhe: Sempre música romântica.

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Cheguei causando boa impressão e cumprimentei os vários machos que ali se encontravam. Nesta época era um tiro no escuro fazer festa e aparecer alguém do sexo feminino! Mas o Luís Flávio era um bom menino e tudo ia dar certo. E deu!
Começaram a chegar algumas meninas e o negócio foi ficando ainda melhor.
No começo fica aquela distância entre os sexos...panelinha total. Enfim, estávamos lá para tomar coca ou comer salgadinho? Ah é, dançar agarradinho! Então vamos lá..
O pior seria alguém ficar sem par para dançar, mas Jesus Cristo decidiu que naquela festa ia ter o número certo de pessoas. Isso é bom? É o que veremos. Lembrem-se que este texto é sobre "novas formas de sedução"!

Começou a rolar "MMM MMM MMM" do Crash Test Dummies e eu já tinha um alvo escolhido para dançar, levantei o fui até ela. Neste instante o coração acelerou, o suor começou a escorrer nas costas e minhas pernas insistiam em mudar de direção. Mas eu estava lá e precisava dançar com alguém! Não queria ser considerado o frango da noite. Quando faltava um passo para que eu chegasse na menina, olhei para o lado e tinha outro amigo pensando em convidar a mesma menina! Por que ele queria convidar justo a minha? Tinha uma outra sobrando bem ao lado...mas não era muito bonita! Talvez este seja o motivo dele ter tido a mesma idéia.

Como dois machos alfa dominantes da espécie, rimos e decidimos que era melhor a gente fixar com qual menina cada um vai ficar, visto que só tinha nós quatro ali (eu, ele e mais duas moças doidas para serem convidadas)...isso tudo enquanto o som rolava e os casais dançavam.

Optamos por um nova forma de sedução.

Eu disse: PAR.
Ele disse: ÍMPAR.
Eu gritei: GANHEIIII!
Ele desapontado: "..."

Pronto! Batalhei e consegui. Pro resto da noite dançaria com ela.

Se eu a beijei?
Minha resposta é: Meados de 1995. Nesta época era difícil conquistar uma moça...ainda mais se ela fosse bonita!

5 de jul. de 2010

It's about rock!

Com tanta seriedade e formalidade para os amantes do horário comercial, desejo muito Rock and Roll para aqueles que sabem desfrutar de bons momentos noturnos. Alguns sabem e outros nem tanto, e muitos menos ainda, que eu toco numa banda de rock. Banda boa...led Zeppelin, AC/DC, Stone Temple Pilotes, Alice in Chains e por aí vai nosso repertório.

Desde que me conheço como amante de rock and roll e suas vertentes, fiquei anos afora tentando entender de onde vem tamanha devoção destes personas que vibram e dançam como verdadeiros fãs - enloquecidos pelo som estridente das guitarras, a força da bateria, a presença do baixo e os gritos do vocal. Como fã, entendo que é um estilo de música que penetra na pele e faz a gente querer pular! ( e agente também!)

Fato | Dia 02/07/2010 - Local: Bronze Night Club - Apresentação da Banda Dodgers.

Chegamos antes do horário da apresentação pois tínhamos que passar o som, regular volume, arrumar layout de palco e afins. Tudo dentro dos padrões, como sempre. O que faz você querer ir ver um show de rock? Com certeza esperar que o Sílvio Santos aparecer de trás do palco jogando aviões em notas de R$ 50,00 que não é. É esperar que a banda tenha um mínimo conceito no que VOCÊ acha legal de ouvir. Em poucas palavras...tocar alguma coisa que você conheça!

Logo que passamos o som chegou um fã conhecido da banda. Como o local ainda não estava aberto ele, que é amigo do dono do bar, pediu para que tocássemos uma música só pra ele...como um show particular. Pediu isso porque resolveu dar uma passadinha pelo Bronze pois iria em outro lugar. Que mal tem? O fã pede, a banda toca. Correto?

Tocamos Gimme Shelter na versão do Stereophonics. A partir do primeiro segundo da música ele entrou em êxtase! Era muito mais empolgante vê-lo curtindo o som do que propriamente executar a música. Durante toda a música ele tomou conta da pista e curtiu cada nota dada pela banda...estilo Qual é a Música com Sílvio Santos tatuado, sabe? A alma do rock é feita por este conjunto de som de qualidade, música boa e horários nada comerciais!

Valeu fã e valeu toda a galera que sempre curte a Dodgers lá na frente...cantando junto!

Quando é a próxima micareta mesmo???