9 de abr. de 2010

O Papa era Pop


Pois bem...
Agora está na moda este negócio de show acústico.

Meu telefone toca. São meus amigos chamando pra ir ao show dos Engenheiros do Hawaii.
Depois daquela época em que o Capital Inicial lançou o acústico MTV com participações especiais - destaque para Zélia Duncan (Dãããncan, como diz o Dinho Ouro Preto), o mundo musical deu um grande avanço. As rádios tão logo começaram a tocar coisas menos eletrônicas e pornográficas. Os aprendizes a João Bosco e Djavan colocaram corda em seus violões, fechavam os olhos e cantavam desafinadas músicas versão acústica para meia dúzia de convidados num churrasco com muita Cristal e coxão duro na brasa. E, como era de se esperar, os Engenheiros fracassados com a nova formação gravaram um...Quem arrisca adivinhar? ACÚSTICO!!
O resultado foi bombástico. Vendeu muito e o disco é realmente legal.

Quem nunca tentou cantar Infinita Highway sem errar a letra do meio pra frente?

Continuando...
Eu nunca fui de ficar agitado ou em estado de euforia por conta de um show, mas decidi que neste eu iria.
Chegamos. Estava lotado. A primeira noção de que eu acertei na compra do ingresso foi quando olhei pra trás e vi o pessoal que comprou a área VIP. Era um lugar afastado, lááá atrás. Pensei comigo: "- Idiotas...". Mas o mundo dá voltas...E como!
Continuei em minha peregrinação para ver o Humberto Gessinger (vocalista e líder da banda) comandando a banda e fazer o circo pegar fogo.

Eu, desde pequeno, conhecia Engenheiros. Um amigo do meu irmão emprestou o primeiro disco deles quando ainda era lançamento. Disco não, vinil! O Papa é Pop!

Obviamente eu esperava um loiro, alto e cabeludo a frente da banda. Qualquer um que gosta de Engenheiros esperaria a mesma coisa! Estávamos lá para curtir as músicas e contemplar a imagem que sempre fizemos do músico.
Depois de muita demora (esses músicos excêntricos), começaram uns sons pelo palco e a cortina queria se abrir. O povo ficou em êxtase. Todos gritavam a nome da banda.

Momento glorioso...
A cortina se abriu e vi o que nunca pensei em ver. Era um soco no saco. O rosto de cada serumano (como nos bons exames do ENEM) emanava um "que" de: PORRA!!! O QUE É ISSO?? TÔ NO SHOW ERRADO.
Sim, caro leitor...
Naquele dia o Humberto Gessinger decidiu passar a máquina na cabeleira e usar um moicano ridículo. Ou seja, você quase não vai em show e quando vai, seu ídolo resolve fazer uma surpresa que nem a mãe dele acharia legal. A única coisa que me consolou, foi o pessoal da área VIP ter uma visão panorâmica daquele cabelo a la ursinhos carinhosos. Não é justo.

2 comentários:

GaBiRuNoIdEx disse...

como assim "humberto, lider da banda"????? tem outra pessoa na banda?

Rudy disse...

Deixa o Humberto ler isso!!